"Nem Sempre o que Pensamos é o que Vivemos... E na Maioria das Vezes o que Vivemos é o que Jamais Pensamos..."
Fulvio Ribeiro

Simplicidade, Beleza e Pureza...!

Author: Fulvio Ribeiro /


Por que nós seres humanos, temos a necessidade de nos encher de coisas, que na maioria das vezes nos afasta do que é Simples, Belo e Puro ??

Enchemos nossos dias, meses, anos com metas, tarefas e desse modo esquecemos-nos de apreciar o que a vida de uma forma toda espontânea nos proporciona.

Voltemos então para aquelas coisas que temos mania de nos afastar, geralmente essas coisas que ignoramos ou nos acostumamos, tem força suficiente para atropelar nossas constantes preocupações, trazer uma felicidade verídica, e nos da ainda um fleche de esperança.

Observemos a Simplicidade, Beleza e Pureza de um mero “Por do sol”.

Acontece todos os dias no mesmo horário, mas não damos a mínima, por ser algo normal em nosso cotidiano. Salvo quando estamos em uma praia, em algum lugar exótico com alguém que amamos ,ou estamos apaixonados. Então envolvidos por uma atmosfera romântica apreciamos esse espetáculo. Somos levados então a um lugar diferente gostoso, onde por um momento esquecemos tudo, e invade-nos um sentimento estranho, (mas muito bom) causado por algo tão simples que deixamos passar despercebido todo o dia.

Tal como esse “por do sol” Simples, Belo e Puro é o Amor de Cristo demonstrado através da Cruz.

Esse também esta ai, todos os dias escancarado...!!!

Mas como temos dificuldade em apreciar as coisas “Simples, belas e Puras” esse espetáculo de Amor também passa despercebido diante de nossos olhos corridos e confusos.

Mas quando consigo parar diante desse Amor demonstrado por Cristo através da Cruz. Sinto-me constrangido pela Beleza, atraído pela Pureza e desconsertado por tanta Simplicidade, arriscando-me a dizer que, o que brota em mim é inexplicável...!!!

Simplicidade, Beleza e Pureza...!!! não permita que me afaste de Ti...!!!”


Fulvio Ribeiro.


(imagem google)

Uma carta para Mim

Author: Fulvio Ribeiro /



Chovia muito aquela noite, e algo me tirava o sono, olhei para o lado e minha amada dormia profundamente, acariciei o rosto da minha jovem esposa e levantei-me, fui em direção a cozinha, algo não estava normal comigo aquela noite. Abri a geladeira peguei o pote de sorvete e fui à sala. No caminho pensei ter visto um vulto passar pela janela, corri para olhar, mas a chuva e o vidro embaçado atrapalharam a minha visão, abri a janela então e vi sair pelo portão alguém que me parecia familiar, mas como a chuva era intensa não discerni quem seria aquela pessoa.

Sem entender sentei no sofá e liguei a tv, quando ia começar a tomar o sorvete, que já congelava meus dedos, notei um envelope embaixo da porta. Peguei o envelope que estava úmido, não havia endereço, remetente ou destinatário. Abrindo-o vi ali uma folha escrita, minha curiosidade falou mais alto então comecei a ler aquela folha que dizia:

“-Nunca pensei que uma simples mudança de atitude me levaria tão longe... Quando adolescente aos 14 anos decidi-me por aproveitar tudo que a vida tinha a me oferecer, já que poderia morrer a qualquer momento, e se vivesse muito, dificilmente passaria dos 75 anos, e dessa forma procedi, aproveitando tudo que me era possível, pensando simplesmente em ter uma vida boa cheia de prazer e felicidade. (afinal que mal há nisso). Mas na maioria do tempo meu caminho era totalmente inverso ao prazer e a felicidade que eu tanto perseguia. Conheci pessoas boas às quais magoei muito, e pessoas ruins que também me magoaram. Entrei na juventude ainda com esse objetivo. Casei-me, e percebi que tudo aquilo que eu chamava de prazer e felicidade quando adolescente já tinha experimentado, e outras nem eram tão boas assim, então me veio à mente que se isso fosse tudo que alguém pode viver, por mais que consiga viver isso intensamente, seria pouco. Partindo desse principio comecei a procurar um sentido convincente para viver, algo que valesse a pena, e nessa busca deparei-me com o Amor”.

Lendo essa primeira parte me alegrei com a idéia de que existia mais alguém como eu no mundo, e que passara por coisas como eu também já tinha passado. Mas o que me intrigava era o porquê daquela pessoa colocar aquele bendito papel embaixo de minha porta, continuei a leitura e o que li depois me deixou totalmente assustado; estava escrito:

Sei que você não esta conseguindo dormir esta noite, os pensamentos lhe rondam a mente, os sentimentos brotam em seu coração, tudo por que você se deparou com algo chamado amor. Isso lhe será útil desde que você deixe essa coisa sair e atingir outros, ame as pessoas pelo que elas são simplesmente, (e elas simplesmente são eternas). Não importa se você vai ou não mudar o mundo, o que importa e que você mudara no mínimo a vida de quem estiver ao seu redor. Seja menos teimoso, continue acreditando nas pessoas, ainda que elas vão te enganar, tenha fé em Deus, mesmo que as pessoas de seu tempo façam tudo para que você desacredite dEle, eu lhe afirmo Ele existe. Hoje peço-te cuide mais ainda de sua esposa e filha pois vai se orgulhar disso no futuro, afaste-se do que é mal, nunca pense ter alcançado o total entendimento nas coisas que são Divinas,(pois elas são Divinas). Lembre-se sempre que a maldade vive em você, mas você pode optar por não viver nela. Pois você já encontrou a Vida (Jo 14:06). Sei que você deve estar se perguntando, ‘como que alguém pode conhecer tanto meus medos, minhas duvidas e pode me afirmar coisas que nem me acorreram ainda?’. Acredite eu sei tudo sobre você”.

Quando li isso ocorreu-me uma mistura de medo e ataque de riso, mas após alguns segundos minhas pernas tremiam e o medo então venceu os risos e perturbei-me com a situação.

Naquele papel havia apenas mais duas frases, a primeira era essa:- “Calma, fique calmo, sei que esta com medo”. O que me apavorou ainda mais, e segunda dizia: “agora que a chuva cessou, olhe pela janela”, e era verdade a chuva tinha cessado.

Olhei pela janela e vi um senhor que parecia comigo, porem muitos anos mais velho, ele acenou-me com a mão, e eu pensando estar louco esfreguei os olhos, mas quando tirei as mãos do rosto, aquele senhor já não estava mais lá, porem aquela folha permanecia em minhas mãos.

Então entendi que aquilo era “Uma carta para mim”, de mim mesmo mostrando-me de alguma forma um melhor caminho, logo depois ouvi um barulho alto que me chamou a atenção, percebi então que estava todo suado, e notei que o barulho vinha do meu celular que despertava as 7:30 da manhã me "chamando" para um novo dia...

Talvez tudo tenha sido um sonho, sei lá, mais os conselhos, esses com certeza guardarei.



Fulvio Ribeiro

Sentimentos e sentimentos

Author: Fulvio Ribeiro /



Julia uma jovem jornalista muito bela e culta, acorda, e novamente sente a brisa suave da misericórdia soprando sua face, depois de uma boa espreguiçada ela decide se levantar, tomar um bom banho, preparar-se para sua rotina monótona e sem muito sentido verdadeiro.

Mas no chuveiro um sentimento novo a invade, algo que ela nunca havia sentido antes (mas que lhe caiu bem para o momento).

Logo lhe veio a mente alguma coisa que tinha lido na noite anterior, em um novo testamento que carregava sempre para lhe trazer sorte, mas logo chegou a conclusão que pensar assim seria tolice. Tomou seu café desta vez com calma, coisa que não era comum em se dia- dia, e partiu em direção ao trabalho.

Tudo estava muito estranho ao seu redor, o transito caótico, as buzinas dos carros, semáforos fechados, não conseguiram lhe tirar a paciência aquela manhã, e isso nunca tinha ocorrido com ela antes. Chegando em seu trabalho, Julia viu um recado que estava sobre a sua mesa com o contato de um rapaz, o qual teria gostado muito de um de seus artigos publicados recentemente,que tratava sobre as virtudes e mazelas do ser humano.

Julia então decidiu ligar para o rapaz e agradecer o reconhecimento e os elogios dispensados a seu artigo, ao telefone o rapaz lhe pareceu simpático, calmo e muito inteligente, o que contribuiu muito para o sim que Julia disse quando o rapaz lhe convidou para um café.

Após desligar o telefone ela dizia: - “Devo estar com problemas mesmo, primeiro aqueles sentimentos estranhos, depois ligo para um desconhecido querendo ser gentil e pior, vou tomar um café com ele.

Mas o que Julia não sabia é que tudo mudaria em sua vida depois daquele encontro, o dia foi passando, e aquele sentimento totalmente desconhecido, (porem muito gostoso) continuava a permear seu coração. E quando estava perto das 06 h da tarde, Julia se dirigiu ao local do encontro com o tal estranho, quando ambos se apresentaram de imediato ela sentiu algo diferente pulsando dentro de si, uma espécie de alegria na alma e gostou muito do rapaz.

Passaram então a se encontrar com certa frequência sempre nos fins de tarde, e nesse mesmo período Julia também começou a apreciar coisas que para ela eram relevantes até então como, a musica que a chuva ao cair nos oferece, a dança das árvores com o bater do vento em seus galhos, e como eram interessantes alguns pássaros que insistiam em brincar na sua sacada, isso fazia Julia lembrar de algum parágrafo que tinha lido no seu livro da sorte que falava sobre a Graça.

Na terceira semana em um de seus encontros com seu novo amigo, Julia decidiu falar com o rapaz que algo estava acontecendo com ela, pois ele era parte daquilo. O rapaz percebeu que realmente algo estava diferente, pois seus olhos brilhavam tanto e percebeu que Julia poderia fazer qualquer coisa para vê-lo bem e em paz.

Julia não conseguindo conter esse sentimento que lhe era superior, tão forte ao ponto de assumir o controle de suas decisões, ela respirou fundo e disse ao rapaz:

- “não sei muito sobre você, não conheço sua família, te conheci há poucos dias. Mas te Amo de uma maneira que não sei se encontro palavras para descrever, é um sentimento que não tem nada a ver com isso que chamamos ‘amor’, tenho a impressão que esse sentimento não é comum entre seres humanos, pois somos tão ruins, ciumentos, possessivos, e desconfiados com quem geralmente gostamos, esse sentimento fala de outra coisa, fala de querer bem, de ser bom, de liberdade, amizade e paz”.

Depois disso não conseguiu controlar as lagrimas que rolaram pela sua bela face.

O rapaz envolto naquela atmosfera olhou bem nos olhos de Julia e disse: - Você só pode ser um anjo, pois tal sentimento não pode habitar o coração de um simples mortal!

Ouvindo essas palavras Julia lembrou-se de uma simples oração, que fizera quinze dias atrás antes de pegar no sono, após ter lido algumas palavras de Paulo sobre o Amor em seu novo testamento da sorte (1Cor 13:1-13.). Ela orou: - “Senhor você sabe que não sou muito religiosa, e nem sei bem se acredito que você existe, mas se existe, me deixe sentir Isso!!!”.

Depois de lembrar-se daquela noite, ela virou para o rapaz e respondeu com um belo sorriso:

- “Não! Não sou um Anjo, mas também não me sinto uma simples mortal de três semanas pra cá, e se você soubesse a beleza do sentimento que me foi concedido, com certeza também o desejaria!”.

Conversaram durante mais algumas horas, e se despediram do encontro naquela tarde, para se encontrarem outras vezes, e esse sentimento tornou-se contagiante.


Se vivermos como simples mortais, nunca conheceremos a beleza de um sentimento tão nobre como o amor, pois ele é Imortal.



Fulvio Ribeiro.

Related Posts with Thumbnails